O jornalista Orlando Oliveira Silva foi agredido
na última quinta-feira (24), enquanto filmava uma guerra de espadas em Cruz das
Almas. Ele foi atingido por socos e pontapés, após ter sido perseguido e
derrubado e ficou com escoriações nos braços, costas e rosto. O material seria
utilizado em uma matéria jornalística, mas o aparelho celular do profissional
também foi destruído durante a agressão.
"Tereco e os demais tentaram tomar posse do
meu celular, o qual estava preparando para fotografar e como não permiti tal
ato de violência à minha pessoa, começaram a me agredir, consegui me
desvencilhar deles e corri, eram muitos, talvez mais de dez pessoas que me
perseguiram, e próximo à minha casa me derrubaram e passaram a me espancar, foi
um massacre. Muitas pessoas presenciaram aquelas cenas de terror",
relatou, através de postagem no Facebook.
Nesta segunda (28), ele fez o exame de corpo de
delito e disse que vai tomar as providências policiais e jurídicas cabíveis
para exigir reparação pelas agressões e prejuízos sofridos.
A guerra de Espadas é proibida em Cruz das Almas
desde 2011, mas, neste ano, além da proibição, também houve uma recomendação do
Ministério Público do Estado (MP-BA) para coibir a manifestação por conta da
Pandemia do coronavírus. O jornalista ainda afirmou que respeita os verdadeiros
espadeiros, que declaram publicamente, através de Associação, que este momento
de pandemia não é o ideal para realizar tal prática, pois as vidas devem estar
em primeiro lugar.
“O clima de violência que vivemos hoje no Brasil
não surgiu agora, mas vem sendo amplificado em ações cotidianas por segmentos
da sociedade, que se apoiam na postura do presidente da República, um
incentivador de confrontos, autor de uma política pública belicista e defensor
do uso de armas pela população”, diz o presidente do Sindicato dos Jornalistas
da Bahia, Moacy Neves.
Ele ressaltou que o Sindicato acompanhará o caso de perto e exigirá das autoridades uma investigação séria das agressões e da justiça uma punição exemplar aos agressores.
Fonte: Correio24horas

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